Guerra é Paz
Liberdade é Escravidão
Ignorância é Força
Liberdade é Escravidão
Ignorância é Força
Esse é o lema do Partido. Política dominante no mundo de 1984.
Imagine-se vivendo em um mundo onde você é observado o tempo todo. Na
sua casa, há um aparelho chamado teletela que transmite notícias e te
observa, te avalia. Se, por exemplo, em uma notícia boa dada pelo
governo você não transmite felicidade em sua expressão, pior, transmite
desprezo ou desinteresse, você é preso por cometer facecrime.
O Grande Irmão zela por ti... O Grande
Irmão é o líder. O correto. O maravilhoso. Ele é praticamente Deus. E
ai se você dizer o contrário. É ele quem toma as decisões e ele está
sempre correto.
É nesse mundo que vive Winston. Ele trabalha no Ministério da Verdade, que de verdadeiro não tem nada. O trabalho de Winston é alterar o passado. Mas como isso? Simples. Ao sair uma notícia onde os dados não batem com algo que o Grande Irmão disse em um passado remoto ou não, os jornais são alterados. Tudo o que provaria que o Grande Irmão errou é falsificado – mas essa palavra nunca é usada. O Grande Irmão nunca erra.
O livro nos conta a vida de Winston nessa incrível – não deixa de ser – sociedade. Ele não se sente bem vivendo dessa forma. Odeia o Partido, deseja que ele acabe, deseja ser livre, embora não saiba realmente o que é isso. Até onde se lembra o mundo sempre foi assim e sempre será.
O ápice da história acontece quando ele encontra Júlia que revela – bem discretamente, senão seria presa – que o ama. Eles começam um romance, claro que proibido. Winston já foi casado e por isso seria proibido casar novamente. O amor é tratado como algo que não vale a pena, uma coisa ruim. Um casal, ao preparar os documentos para o casamento, não pode demonstrar qualquer atração física pelo futuro parceiro. O casamento é um ato unicamente para gerar filhos. E o sexo – algo sujo – só deve ser feito nessa condição.
Achei muito gostosa a história de Winston e Júlia, embora – você já deve ter imaginado – ela não acabe bem. É um romance profundo e é angustiante saber que nunca poderá ser revelado.
Em algumas partes do livro cheguei a pensar comigo mesma: mas que população mais idiota! Como no caso das guerras. Winston habita na Oceania e há mais dois países: Eurásia e Lestásia. A guerra é sempre constante. Por vez, a Oceania é aliada da Eurásia e luta com a Lestásia ou o contrário, mas de acordo com as regras do Partido, se hoje estão em guerra com a Lestásia, sempre foi assim. Qualquer prova que diz o contrário é falsificada, destruída. É claro que as pessoas se lembram do acontecimento, mas fingem não lembrar. Aceitam, como se fosse sempre assim. Não é bem um caso de burrice, mas de sobrevivência. Dizer em voz alta que: não, antes estávamos em guerra com a Eurásia; acarreta em prisão e até morte.
É nesse mundo que vive Winston. Ele trabalha no Ministério da Verdade, que de verdadeiro não tem nada. O trabalho de Winston é alterar o passado. Mas como isso? Simples. Ao sair uma notícia onde os dados não batem com algo que o Grande Irmão disse em um passado remoto ou não, os jornais são alterados. Tudo o que provaria que o Grande Irmão errou é falsificado – mas essa palavra nunca é usada. O Grande Irmão nunca erra.
O livro nos conta a vida de Winston nessa incrível – não deixa de ser – sociedade. Ele não se sente bem vivendo dessa forma. Odeia o Partido, deseja que ele acabe, deseja ser livre, embora não saiba realmente o que é isso. Até onde se lembra o mundo sempre foi assim e sempre será.
O ápice da história acontece quando ele encontra Júlia que revela – bem discretamente, senão seria presa – que o ama. Eles começam um romance, claro que proibido. Winston já foi casado e por isso seria proibido casar novamente. O amor é tratado como algo que não vale a pena, uma coisa ruim. Um casal, ao preparar os documentos para o casamento, não pode demonstrar qualquer atração física pelo futuro parceiro. O casamento é um ato unicamente para gerar filhos. E o sexo – algo sujo – só deve ser feito nessa condição.
Achei muito gostosa a história de Winston e Júlia, embora – você já deve ter imaginado – ela não acabe bem. É um romance profundo e é angustiante saber que nunca poderá ser revelado.
Em algumas partes do livro cheguei a pensar comigo mesma: mas que população mais idiota! Como no caso das guerras. Winston habita na Oceania e há mais dois países: Eurásia e Lestásia. A guerra é sempre constante. Por vez, a Oceania é aliada da Eurásia e luta com a Lestásia ou o contrário, mas de acordo com as regras do Partido, se hoje estão em guerra com a Lestásia, sempre foi assim. Qualquer prova que diz o contrário é falsificada, destruída. É claro que as pessoas se lembram do acontecimento, mas fingem não lembrar. Aceitam, como se fosse sempre assim. Não é bem um caso de burrice, mas de sobrevivência. Dizer em voz alta que: não, antes estávamos em guerra com a Eurásia; acarreta em prisão e até morte.
1984 é um reflexo do que nossa sociedade está se tornando, ou já se
tornou. É incrível que Orwell, que faleceu em 1950, tenha visto com
tanta clareza o mundo em que viveríamos. O Partido hoje pode ser
comparado com a imprensa, a televisão. Tudo o que ela diz é verdade,
nada é questionado. Ela nos mostra o lado que alguém quer que vejamos. É
difícil encontrar hoje na TV uma notícia que nos mostra a total
realidade. Daqui a uns anos, se nos disserem que 2 + 2 = 5, muitos irão
acreditar.
Um clássico que merece ser um clássico. Leitura obrigatória!
Um clássico que merece ser um clássico. Leitura obrigatória!
Ficha Técnica:
Editora: Companhia Editora
Nacional
Autor: George Orwell
Origem: Estrangeira
Título original: Nineteen
Eighty-Four
Ano: 1984
Número de páginas: 277
Os livros do George fazem ver a sociedade de uma maneira diferente, o primeiro e único livro que li dele, por enquanto, foi o Revolução dos Bichos...vou ver se num possível futuro eu leio este, parece ser uma história muito boa.
ResponderExcluirGeorge Orwell previu o futuro, é desta forma que estamos: todos resignados. No Brasil hoje, não se luta por causas justas e quando há uma passeata, digamos, a maioria está lá pela bagunça.
ResponderExcluirE as pessoas recebem tudo muito fácil, todas as coisas são relativamente fáceis de se conseguir e qualquer tecnologia que faça com que todos fiquem felizes, como a TV que, sem oratória na frase, faz as pessoas aceitarem aquilo que ela quer, encobre tudo e todos acreditam. Perceba que quando há algo muito grande acontecendo e que pode mudar algo na história, é encoberto por algum escândalo de uma "celebridade", por exemplo.
Aceitamos tudo o que nos apresentam. Infelizmente fazemos parte disso, também não nos mexemos para mudar... pq o outro também não o faz...