terça-feira, 6 de março de 2012

Resenha: Gigantes de Aço


Título original: Real Steel
Gênero: Ação, Drama, Ficção Cíentifica
Duração: 127 min
Ano de lançamento: 2011
Direção: Shawn Levy
Roteiro: John Gatins; Dan Gilroy; Jeremy Leven; Richard Matheson (conto “Steel”)
Produção: 
Ron Ames; Rick Benattar; Eric Hedayat; Shawn Levy; Josh McLaglen; Mary McLaglen; Susan Montford; Don Murphy; Jack Rapke; Steven Spielberg; Steve Starkey; Robert Zemeckis
Orçamento: 
110,000,000 milhões de dólares
Elenco: Hugh Jackman (Charlie Kenton); Dakota Goyo (Max Kenton); Evangeline Lilly (Bailey Tallet); Anthony Mackie (Finn); Kevin Durand (Ricky); Hope Davis (Tia Debra); James Rebhorn (Marvin); Marco Ruggeri (Cliff); Karl Yune (Tak Mashido); Olga Fonda (Farra Lemkova); John Gatins (Kingpin); Gregory Sims (Bill Paner)
Bilheteria mundial: 276,654,000 milhões de dólares (Dados de 26 de Dezembro de 2011)

Olá para todos!

Hoje vou comentar um pouco sobre o filme “Gigantes de Aço” (Real Steel). A história se passa no ano de 2020, quando as lutas de boxe entre humanos caíram em sua popularidade, dando lugar para a luta entre robôs. É nesse cenário que acompanhamos a vida de Charlie Kenton (Hugh Jackman), um ex-boxeador que foi famoso pela proeza de ter suportado lutar durante 12 rounds contra o nº2 do rank mundial, mesmo tendo perdido a luta por nocaute. Charlie Kenton é um homem sem aparentemente muitas motivações para a vida, cheio de dívidas contraídas dentro de apostas nas lutas e que viaja em um caminhão buscando lutas onde possa ganhar algum trocado. Além disso é um indivíduo emocionalmente falido, sem perspectivas de avanço para algo melhor além de ficar rico com o boxe entre robôs e um pai relapso que não vê o filho e a ex-mulher há 10 anos. Em resumo, Charlie é o típico homem fracassado que outrora foi um campeão. Um arquétipo muito explorado no cinema.
Em meio à sua vida conturbada Charlie descobre que sua ex-mulher faleceu, então recebe uma convocação para comparecer em uma audiência pela guarda de seu filho (Max Kenton). Obviamente comparece somente pela burocracia, pois não deseja ter de carregar mais um peso em sua existência, porém ao descobrir que a irmã (Debra) da sua ex-mulher, a outra parte convocada para a audiência e que realmente deseja a guarda da criança, está casada com um homem muito rico (Marvin) enxerga nessa situação a possibilidade de conseguir o dinheiro que precisa para saldar suas dívidas e ainda ficar com um extra suficiente para investir em um robô que possa lhe trazer muito mais dinheiro. Mediante o acordo que Charlie deve passar o verão com o garoto, para que Debra não desconfie de nada, metade do pagamento acertado é entregue.
Max é uma criança extremamente inteligente, ligada às tecnologias do momento, é uma criança comum, considerando o atual avanço na interação humano e máquina que estamos vivendo cada vez mais intensamente. Obviamente que ele representa uma visão muito otimista da tecnologia como estimulante para um bom desenvolvimento intelectual, algo admirável. Com sua astúcia não tarda em descobrir as verdadeiras motivações do pai e se sente usado e consequentemente estabelece uma barreira afetiva entre ele e o pai, contudo uma brecha acaba se criando quando o garoto descobre que seu pai  está envolvido na luta com robôs, um esporte muito adorado por ele que sabe desde todos os detalhes das grandes lutas até o funcionamento destas máquinas de combate. Max é o personagem que mais cativa ao longo do enredo e o eixo da trama que nos faz acompanhar tudo por mais de duas horas sem que percebamos a passagem do tempo.
Bailey Tallet, interpretada por Evangeline Lilly (LOST), filha do ex-treinador de Charlie, é uma personagem que ajuda muito no fluir do enredo auxiliando no desenvolvimento da relação entre pai e filho e também na restauração do robô sparring¹ que será o elo da corrente que amarrará toda a história e cujo aparecimento se dá de forma marcante.
O robô apesar de não possuir feições maleáveis ou uma voz consegue adquirir uma alta dramaticidade, credito este mérito ao trabalho da trilha sonora que nos deixa bastante inseridos no clima das cenas e da iluminação que acompanha a carga e espirito das etapas do filme.
O desenvolvimento do filme se dá em um esquema mais do que conhecido, o pai se afeiçoa ao filho e a criança começa, com sua energia à flor da pele, a motivá-lo. Contudo apesar do roteiro não ser uma rede complexa consegue deixar o espectador perfeitamente satisfeito como um entretenimento e um retorno às tramas simples, com lições diretas e personagens simpáticos que nos lembram dos tempos áureos da “Sessão da Tarde”.
Os efeitos especiais são muito convincentes, sem exageros, e as movimentações nas lutas aplicam conceitos reais e transmitem verossimilhança. Acho que uma realidade como a vista em “Gigantes de Aço” não está muito distante. Como praticante de uma arte marcial e uma pessoa que acompanha o UFC fiquei muito satisfeito com as cenas de luta que não são o foco do filme, mas uma alavanca que o eleva ao patamar de produções como “O Gigante de Ferro” (animação), por exemplo. Um drama que usa a ficção cientifica para atrair o grande público, assim interpreto “Gigantes de Aço”.
A direção, os atores, a trilha sonora são somados muito bem e essa mistura faz uma experiência visual excelente! Um filme perfeito para assistir em família e garantia que todas as faixas etárias irão adorar! Recomendo!



¹Termo usado no boxe para designar lutas com o objetivo puramente de treino, exibição ou unicamente divertimento. A palavra também pode ser usada para designar um parceiro de treino.

3 comentários:

  1. Gente, NUNCA ouvi falar nesse filme... HAHAHAHAHA Mas confesso que a temática não me atrai e tô por fora de cinema ultimamente. :)
    Foi carinho fazer esse filme hein? O_o
    Beijos

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    Respostas
    1. Este comentário foi removido pelo autor.

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    2. Realmente o filme foi bem carinho, mas a bilheteria também teve um lucro enorme.

      Beijos.

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