sábado, 28 de abril de 2012

Conto: Moeda de Vinte e Cinco Centavos

Saudações, leitores! Venho lhes entregar mais um conto. Na verdade esse texto está mais para um pensamento singelo, devido ao desenvolvimento que considero raso e a maneira pouco elaborada que foi usada. Escrevi esse texto em 2008 e o reencontrei em uma arrumação do meu guarda-roupas. Não me recordo da circunstância em que o escrevi, mas ao relê-lo senti um tipo de nostalgia inexplicável. Sem mais demoras lhes desejo uma boa leitura.

Gostei tanto da ideia de aliar uma música ao conto que vou continuar com isso nas minhas futuras histórias. Dêem o play e leiam o texto.

Moeda de Vinte e Cinco Centavos

Estava andando pelas ruas de Maceió, em um dia ensolarado, quando dirigi meu olhar para o chão e percebi uma moeda amarela de vinte e cinco centavos abandonada. Esta moeda tinha testemunhado tantos acontecimentos, alguns alegres e outros tristes. A moeda tinha uma memória acerca de diversas histórias que foram construídas por meio de acasos, a moeda sabia que ao conseguir desviar o olhar de alguém para si ela ganha existencialidade para a pessoa que a observasse e exercia um poder sobre o observador visto que uma pequena desatenção pode causar grandes eventos. Alguns segundos de contemplação me fizeram ser absorvido pela moeda devido à obscuridade que envolvia os segredos que ela provavelmente sabia. Quando consegui penetrar no universo da moeda tornei-me também moeda de vinte e cinco centavos, sendo pisoteado, observado, tocado e perdido.

4 comentários:

  1. Penetrar no universo de objetos e/ou pessoas sempre nos faz ver o mundo de outra forma, não é mesmo? Percebemos que cada mundo desse é importante, mesmo em sua simplicidade... :)

    Belo mini-conto!

    Beijos!

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    1. Isso mesmo, Gleice. Às vezes fico pensando como é a percepção de mundo de outras pessoas e como seria ter a possibilidade de ver o mundo pelo olhar de um objeto. Cada mundo é mesmo importante, pois cada um desses afeta todos os demais em múltiplos níveis.

      Agradeço o elogio!

      Beijos!

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  2. Oi Coração!

    Achei que era a unica maluca que ficava pensando nisso! kkkk

    Quando vou ao centro da cidade de SP fico olhando aquelas construções antigas, aquelas janelas meio quebradas e imagino o que pode ter acontecido ali... Quem morou, o que fazia, onde está agora...

    Queria ter esse poder!
    De ver o passado....

    Adorei o mini conto!

    Beijokas!

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    1. Oi, linda Anny *-*
      Não. você nunca esteve sozinha em seu pensamento xD
      É interessante mesmo como a própria cidade parece reter uma memória que em grande parte não nos é acessível. Essa minha curiosidade sobre o passado das coisas também alcança os livros, principalmente os de alfarrábios (sebos).
      Esse poder de vislumbrar o passado que cercou um local seria muito curioso.
      Obrigado pelo comentário, Anny.
      Mil Beijos!

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