Gênero:
Aventura; Fantasia
Duração: 106
min
Ano de
lançamento: 2008
Direção: Iain
Softley
Roteiro: David
Lindsay-Abaire (Roteiro); Cornelia Funke (Romance)
Produção: Cornelia Funke;
Ileen Maisel; Diana Pokorny; Iain Softley
Orçamento: 60,
000, 000 milhões de dólares
Elenco: Brendan Fraser (Mo Folchart);
Sienna Guillory (Resa Folchart); Eliza Bennett (Meggie Folchart); Paul Bettany
(Dustfinger); Helen Mirren (Elinor Loredan); Matt King (Cockerell); Steve
Speirs (Flatnose); Jamie Foreman (Basta); Stephen Grahan (Fulvio); Andy Serkis
(Capricórnio); John Thomson (Darius); Lesley Sharp (Mortola); Tereza Srbova
(Rapunzel); Rafi Gavron (Farid); Jennifer Connelly (Roxxane); Jim Broadbent
(Fenoglio)
Sinopse: Meggie
trocaria facilmente sua vida comum pelas aventuras que costuma ler nos livros.
Pois parece que seus pedidos foram atendidos. Seu pai Mo (Brendan Fraser), com
quem ela passou a morar depois do desaparecimento de sua mãe, esconde um
estranho segredo - ele é capaz de trazer os personagens dos livros à vida
quando lê seus trechos em voz alta. Esta habilidade pode ter relação com o
sumiço da mãe de Meggie. Mas, antes que a menina descubra mais, o vilão
Capricórnio surge das páginas de "Coração de Tinta" em busca dos
poderes de Mo para realizar seus planos. Agora, com a ajuda do misterioso Dedo
Empoeirado e de sua tia-avó Eleonor, Meggie e o pai entram em um intrigante
mundo de magia para impedir o maligno Capricórnio e quem sabe finalmente
encontrar sua mãe perdida.
Trailer:
Análise:
“Às
vezes, o mundo que cria nas páginas parece mais amigável e vivo que o mundo
onde realmente vive.”
— Fenoglio.
Mo e Meggie |
Como muitos dos
leitores do “Policial da Biblioteca” já devem ter pensado ou pensam
constantemente em suas aventuras pelos livros, eu também imagino durante as
minhas aventuras pelas páginas dos livros (preciosos amigos): “E se tudo o que
leio pudesse se tornar realidade? E se pudesse ter a verdadeira oportunidade de
dialogar com um personagem que se tornou um grande amigo e do qual me despedi
ao fechar o livro com algumas lágrimas nos olhos?” Pois este é um dos pontos a
partir do qual é desenvolvida a trama de “Coração de Tinta”. Acompanhem-me por
minhas palavras acerca de um filme que encantou a ponto de me sentir novamente
uma criança, um ser que só consegue enxergar a magia em um mundo de contornos
amiúde tão sombrios e no qual a nossa imaginação às vezes é a única arma contra
sombras que turvam a nossa visão para a amplitude da vida.
Capricórnio |
Mo (Brendan Fraser) é
um homem fascinado por livros que possui um dom especial: quando lê livros em voz alta consegue trazer os elementos (personagens e coisas) das páginas para o
nosso mundo, infelizmente esta habilidade acabou lhe causando um sério
problema. Ao longo do longa-metragem, além de acompanharmos as tentativas de Mo
em resolver o seu problema envolvendo o livro “Coração de Tinta”, somos
agraciados com uma beleza visual e auditiva que é um verdadeiro banquete! A
fotografia (sempre observo isso nos filmes, apesar de não ser um especialista)
traça uma linha bem clara entre os personagens que são o núcleo representante
do bem e os vilões. Até mesmo os trajes dos personagens auxiliam nos contornos
de suas personalidades. Isso reforça a sensação de que acompanhamos uma
clássica história de fantasia, como aquelas que os mais sortudos dentre nós
devem ter ouvido na hora de dormir.
A atmosfera me remeteu a
alguns dos melhores livros de fantasia que já li. Os eventos que acompanhamos
não são coisas épicas com heróis quase invencíveis, mas a sensibilidade com que
os personagens transmitem a sua relação com a fantasia é impossível de não
apreciar. O enredo coloca um pano de fundo de “vida real” que funciona como
lente de aumento para o caráter fantástico da narração. É quase como em “História
sem Fim”, onde um garoto (Sebastian) que vivia uma existência tão comum e sem
tantos atrativos se vê cada vez mais ligado a um mundo preenchido de coisas
maravilhosas que o conduzem para longe de toda a banalidade. Esse foi
justamente o ponto que fez a minha mente ser fisgada facilmente, afinal aqueles
personagens “comuns” poderiam ser muito bem eu ou você, obviamente em uma
realidade em que o que é dito no filme existisse.
Meggie e Fenoglio |
O filme conseguiu muito
bem falar sobre o sentido dos livros para aqueles que os apreciam por meio dos
recursos fantásticos, pois mesmo sem o nosso mundo ser dotado de magos,
minotauros, dragões e tantas outras criaturas feéricas a literatura, assim como tantas outras artes,
representam a magia e como um artefato tão valioso deve ser preservado e
divulgado. Os livros são amigos para as mais diversas horas e
podem ser amados pelos mais diversos motivos, alguns podem usá-los para se
protegerem de uma realidade opressora, enquanto outros os usam para se
entreterem por algumas horas sem muito compromisso e outra possibilidade são
aqueles que os carregam como instrumento de trabalho, além de diversão,
obviamente existem mais possibilidades, porém irei me restringir a citar estas.
Durante o filme vemos
referências a inúmeras obras da literatura, fato que torna assistir “Coração de
Tinta” uma prazer ainda maior, visto que fazer referências além de ser uma
forma de homenagear é também um modo de enriquecer qualquer produção, pois elas
levam o leitor ou espectador em uma jornada ainda maior. Já descobri muitos
escritores, filmes, bandas etc por meio de minhas leituras.
Dustfinger |
Para mim a grande
felicidade nesse filme, quanto ao assunto elenco, foi a presença de Andy Serkis
que dessa vez está presente não dando vida para as expressões de algum
personagem digital, mas atuando como um vilão digno de aplausos. Sim, aprecio
muito os vilões nas histórias, afinal nem só de mocinhos se mantém livros ou
filmes. A oposição de forças, que não precisa ser necessariamente do bem contra
o mal, é indispensável para que uma trama flua. Apesar de Eliza Bennett roubar muito as cenas, Brendan não
deixa de nos brindar com uma atuação diferente de seu padrão de mocinho-herói-destemido.
O
personagem que mais se desenvolve no filme é Dustfinger que começa como um
vilão, passa por um anti-herói e acaba nos surpreendendo com o destino que
acaba assumindo. É encantadora a maneira mágica com que o filme desenha a
relação autor e seus personagens criando excelentes diálogos entre Fenoglio
(o escritor, no contexto do filme, do livro “Coração de Tinta”) e suas
criações. Recomendo este filme! Vocês só irão conseguir compreender
verdadeiramente a grandeza dessa obra ao contemplá-la! Bom filme à todos!
Uma tarde na locadora aluguei esse filme imaginando que se tratava de uma fantasia, mas sem ter absoluta certeza se era bom ou ruim... depois que eu assisti cheguei à conclusão: Maravilhoso!!!
ResponderExcluirClaro que eu queria, pelo menos uma vez na vida a oportunidade de entrar na estória de algum dos livros que já li. Já o que um personagem desses livros faria caso saísse de lá... com certeza muita confusão!
Acho esse filme entretenimento para toda a família e muito recomendado!!
Adorei seu post!! Valeu pra lembrar de muitos momentos do filme!!
O SBT tem anunciado que passará o filme.... mas vai saber quando, né?! E a parte ruim.. será dublado com certeza... (non me gusta)
Tem post novo no meu blog: http://hipercriativa.blogspot.com.br/
Passe por lá se quiser!!
Beijussss;
Realmente esse filme é um espetáculo! Nossa, se alguns personagens de livros fugissem para o nosso mundo seria divertido demais! Imagina só você andar na rua e de repente encontrar Van Hellsing na sua frente! xD O SBT vai exibir sim, mas cheio de cortes. Vou visitar seu blog, Helaina.
ResponderExcluirBeijos!
Para quem tiver oportunidade, leia também o livro "Coração de Tinta". É interessante perceber que no filme foram feitas algumas alterações, principalmente no final de alguns personagens. Mas vale a pena todo o tempo que passei nestas obras magníficas !
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