Pôster |
Gênero:
Fantasia, Horror
Duração:
97 min
Ano de
lançamento: 1981
Direção: John
Landis
Roteiro: John
Landis
Produção: George Folsey Jr.
Orçamento: 10 milhões de dólares
Elenco: David Naughton (David Kessler); Jenny Agutter
(Enfermeira Alex Price); Griffin Dunne (Jack Goodman); John Woodvine (Dr. J. S.
Hirsch); Anne-Marie Davis (Enfermeira Susan Gallagher); Frank Oz (Mr. Collins /Miss
Piggy); Don McKillop (Inspector Villiers); Paul Kember (Sargento McManus); Colin
Fernandes (Benjamin); Michele Brisigotti (Rachel Kessler); Mark Fischer (Max
Kessler); Gordon Sterne (Mr. Kessler); Paula Jacobs (Mrs. Kessler); Christopher
Scoular (Sean); Will Leighton (Joseph)
Sinopse: Dois jovens turistas americanos, David Kessler e Jack
Goodman partem numa excursão de três meses pela Europa. Ao passearem pela
solitária zona rural da Inglaterra, cruzam com alguns habitantes locais que
lhes dão alguns conselhos arrepiantes: "Mantenham-se na estrada e
afastem-se dos pântanos e cuidado com a lua". Os jovens embrenham-se na
escuridão e ouvem um uivo aterrador proveniente do pântano, sem se darem conta
de que estão sendo seguidos por uma fera mística, ávida por sangue.
IMDb: http://www.imdb.com/title/tt0082010/
IMDb: http://www.imdb.com/title/tt0082010/
Trailer:
Análise:
“Cuidado com a lua, rapazes!”
Durante a transformação. |
Saudações,
caríssimos leitores do Policial da Biblioteca! Hoje vou comentar com vocês
acerca de um filme que, na minha infância, se tornou um clássico! Sinceramente,
perdi a conta de quantas vezes o assisti no cinema em casa. Sim, lembro-me da
época em que filmes mais violentos eram exibidos durante o dia. Realmente
aqueles foram tempos muito diferentes, tempos melhores, quando a censura não
era tão politicamente correta. Mas sem demoras, vamos a analise do filme,
contudo tenho um conselho a lhes dar antes de nos aventurarmos em minhas
impressões...fiquem na estrada e longe do pântano! Nunca se sabe o que pode
aparecer em noites de lua cheia.
“Um Lobisomem
Americano Em Londres” me conquistou desde a primeira vez que o vi devido à sua
simplicidade de roteiro e atmosfera que deixa o filme rico devido ao
brilhantismo das atuações que nos remetem ao estilo dos clássicos de terror da
mesma época que um dos maiores filmes sobre lobisomens (The Wolfman) e a
perfeição da maquiagem criada por Rick Baker. Destaco, aliás, que a maquiagem é
um grande mérito para esse filme até os dias de hoje. Apesar do ano em que foi
realizado, conseguiu presentear os espectadores com a melhor transformação em
um lobisomem já realizada pela incrível fábrica de magia a que chamamos cinema.
Um dos pesadelos. |
Valorizo demais
filmes que são feitos bem artesanalmente, pois esses são os verdadeiros casos
em que o amor pela arte cinematográfica fica mais evidente, considerando que
hoje em dia alguém com os recursos necessários e um alto conhecimento de
computação gráfica pode criar coisas com pouco esforço, isso em comparação com
alguém que teve de conceber efeitos os mais reais possíveis em um tempo que a
computação gráfica engatinhava e raramente era usada. Com artesanalmente quero
indicar uma produção feita com os materiais menos sofisticados possíveis.
O roteiro não
possui mistérios e não fica jogando o espectador por muitas trilhas tentando
surpreende-lo com algum final inesperado, mas investe no lado psicológico da
história.
Delírio e realidade. Onde começa um e termina o outro? |
O lobisomem que
acompanhamos nessa história não é do tipo que se exibe muito durante o filme,
deixando atrás de si um verdadeiro mar de sangue em cenas explícitas numa
velocidade de deixar o espectador desorientado como os blockbusters fazem.
A criatura que
vemos nas cenas deste filme é um ser de profundidade mental e a dor do processo
do Keller em se transformar em lobisomem vai além do nível físico e se
manifesta muito mais em sua mente que, desorientada pelos eventos que o levaram
até sua atual e trágica situação presente, nos exibem terríveis pesadelos que
tornam o lobisomem não somente uma coisa sedenta por sangue, mas a
representação do caráter selvagem da vida em seu estado mais puro, sem controle,
amoral. Uma cena (pesadelo) em que isso fica evidente é quando Keller se vê
correndo por uma floresta (não direi mais informações para evitar spoilers).
Jack Goodman. |
No filme também
somos confrontados com uma dúvida que nos faz ficar ainda mais próximo de
Keller em seu tormento: As suas vítimas e seu amigo (Goodman), que foi morto no
ataque do lobisomem que transmitiu a licantropia para Keller, são vistos,
entretanto não sabemos qual a linha que separa o delírio e a realidade, por
mais surreal que possa parecer.
O filme merece aplausos
por se manter tão bom, independente do tempo que já passou, e com certeza pode
servir de exemplos a outros filmes com a temática lobisomens de como fazer um
bom filme que sabe dosar a bestialidade do “homem-lobo” com o seu simbolismo que
o torna uma das criaturas-ícones do imaginário humano quando o assunto é
horror! Até outro momento e bom filme a todos!
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