Capa |
Autor: Vários autores
Origem: Brasileira
Ano: 2011
Edição: 1
Número de páginas: 208
Acabamento: Brochura
Ano: 2011
Edição: 1
Número de páginas: 208
Acabamento: Brochura
Sinopse: Os calendários são simplesmente ignorados por aqueles que combatem pelo bem ou pelo mal, numa guerra sem vencedores. As grandes batalhas distribuem louros entres os dois lados, em uma dança milimétrica da balança. Mas esse equilíbrio esteve ameaçado em uma época em que a elegância do vestuário das senhoras e cavalheiros convivia, não sem uma ponta de contradição, com o peso e a estranheza dos acessórios e equipamentos utilizados por uma civilização que começava a descobrir as maravilhas da tecnologia.
Anjos e demônios escolheram aquele tempo, utilizando-se de todos os artifícios, armamentos e equipamentos possíveis, e encenaram algumas das mais terríveis batalhas de que a humanidade já presenciou. De conflitos e duelos isolados a confrontos sangrentos entre os exércitos das trevas e da luz.
Book trailer:
O que é
steampunk?
O SteamPunk é um
sub-gênero da Ficção Científica passado em uma realidade alternativa, cuja
proposta estética remete ao Século XIX, como se a Era Vitoriana tivesse
sido de tal forma bem sucedida que seus costumes, tecnologia e cultura tivessem
perdurado por muito mais do que de fato perduraram.
Nesta realidade
retrofuturista, conquistas magníficas foram
alcançadas pela tecnologia graças a constantes Físicas que favorecem a
eficiência da mecânica e o poder da eletricidade em dar origem a máquinas capazes
do impensável.
O fascínio pelo progresso tecnológico e por tudo que o Homem alcançou, contudo, convive com uma ignorada, mas constante degradação ambiental, profundas diferenças sociais e com a iminência da desgraça que vai se tornando cada vez mais difícil de ser evitada.
Uma Distopia travestida de Utopia, a sociedade retratada no gênero SteamPunk é uma caricatura do mundo em que vivemos, onde a tecnologia convive grotesca e intrusivamente com os interesses sociais, interrompendo a passagem com os trilhos de um progresso desmedido e tortuoso, mal planejado e orientado por motivações que têm muito menos relação com as necessidades humanas que com interesses corporativos.
A origem do termo SteamPunk é recente, tendo surgido em meados da década de 80, quando Kevin Wayne Jeter tentava rotular seus trabalhos e os de seus colegas escritores, Tim Powers e James Blaylock, que escreveram uma série de romances entre 1979 e 1986 cuja característica mais marcante eram as histórias de Ficção Científica passada na época Vitoriana, com tecnologia “retrô” e claras influências em clássicos da literatura de Ficção Científica.
Constantes inspirações no gênero SteamPunk, os romances de Ficção Científica do século XIX, como “20.000 Léguas Submarinas” e “Da Terra à Lua”, de Julio Verne; “A Máquina do Tempo” e “Guerra dos Mundos”, de H. G. Wells; “Frankenstein”, de Mary Shelley; e “A Connecticut Yankee in King Arthur’s Court”, de Mark Twain, não escapam, hoje, de ser associados ao novo gênero.
Esta resignificação dos subgêneros da Ficção Científica se estende a várias medias, incluindo o Cinema e, quem aprecia a cultura SteamPunk, começa a identificar a estética do novo gênero – seja ela intencional ou não – em filmes como “Metropolis”, “1984″, “Brazil – o Filme”, “Delicatessen”, “Jovem Sherlock Holmes”, “De Volta para o Futuro”, “A Cidade das Crianças Perdidas”, “As Aventuras do Barão de Munchausen”, “Wild Wild West”, “Pacto dos Lobos”, “SteamBoy”, “O Cavaleiro sem Cabeça”, “Liga Extraordinária”, “Van Helsing”, “Hellboy”, “O Grande Truque”, “A Bússola Dourada” e tantos outros.
Tal é a popularidade da cultura SteamPunk que é possível identificar e classificar diferentes sub-categorias, determinadas a produção de subjetividade que façam diferentes cortes do gênero, sejam eles Históricos, e que façam uso de personagens, locações e fatos – fictícios ou não – que tiveram lugar no passado; de Fantasia, que se passem em realidades completamente alternativas ou em um futuro norteado pelo desenvolvimento da cultura SteamPunk; ou Variantes do Conceito, que misturam gêneros, tempos, personagens, alienígenas e planetas de forma a torná-los peças que tenham como fim contar uma história sem compromisso com linhas de tempo ou com abordagens clássicas.
Com sua estética por vezes bela, por vezes inusitada e por vezes grotesca, o SteamPunk conquistou o público Goth, Cyber, Industrial e Punk sem dificuldade, bem como todos os que apreciam a riqueza de detalhes que é fruto da colisão entre a tecnologia moderna e os recursos e a estética Vitoriana, repleta de Bronze, Couro, Cobre, Pano, Vapor e Eletricidade.
O fascínio pelo progresso tecnológico e por tudo que o Homem alcançou, contudo, convive com uma ignorada, mas constante degradação ambiental, profundas diferenças sociais e com a iminência da desgraça que vai se tornando cada vez mais difícil de ser evitada.
Uma Distopia travestida de Utopia, a sociedade retratada no gênero SteamPunk é uma caricatura do mundo em que vivemos, onde a tecnologia convive grotesca e intrusivamente com os interesses sociais, interrompendo a passagem com os trilhos de um progresso desmedido e tortuoso, mal planejado e orientado por motivações que têm muito menos relação com as necessidades humanas que com interesses corporativos.
A origem do termo SteamPunk é recente, tendo surgido em meados da década de 80, quando Kevin Wayne Jeter tentava rotular seus trabalhos e os de seus colegas escritores, Tim Powers e James Blaylock, que escreveram uma série de romances entre 1979 e 1986 cuja característica mais marcante eram as histórias de Ficção Científica passada na época Vitoriana, com tecnologia “retrô” e claras influências em clássicos da literatura de Ficção Científica.
Constantes inspirações no gênero SteamPunk, os romances de Ficção Científica do século XIX, como “20.000 Léguas Submarinas” e “Da Terra à Lua”, de Julio Verne; “A Máquina do Tempo” e “Guerra dos Mundos”, de H. G. Wells; “Frankenstein”, de Mary Shelley; e “A Connecticut Yankee in King Arthur’s Court”, de Mark Twain, não escapam, hoje, de ser associados ao novo gênero.
Esta resignificação dos subgêneros da Ficção Científica se estende a várias medias, incluindo o Cinema e, quem aprecia a cultura SteamPunk, começa a identificar a estética do novo gênero – seja ela intencional ou não – em filmes como “Metropolis”, “1984″, “Brazil – o Filme”, “Delicatessen”, “Jovem Sherlock Holmes”, “De Volta para o Futuro”, “A Cidade das Crianças Perdidas”, “As Aventuras do Barão de Munchausen”, “Wild Wild West”, “Pacto dos Lobos”, “SteamBoy”, “O Cavaleiro sem Cabeça”, “Liga Extraordinária”, “Van Helsing”, “Hellboy”, “O Grande Truque”, “A Bússola Dourada” e tantos outros.
Tal é a popularidade da cultura SteamPunk que é possível identificar e classificar diferentes sub-categorias, determinadas a produção de subjetividade que façam diferentes cortes do gênero, sejam eles Históricos, e que façam uso de personagens, locações e fatos – fictícios ou não – que tiveram lugar no passado; de Fantasia, que se passem em realidades completamente alternativas ou em um futuro norteado pelo desenvolvimento da cultura SteamPunk; ou Variantes do Conceito, que misturam gêneros, tempos, personagens, alienígenas e planetas de forma a torná-los peças que tenham como fim contar uma história sem compromisso com linhas de tempo ou com abordagens clássicas.
Com sua estética por vezes bela, por vezes inusitada e por vezes grotesca, o SteamPunk conquistou o público Goth, Cyber, Industrial e Punk sem dificuldade, bem como todos os que apreciam a riqueza de detalhes que é fruto da colisão entre a tecnologia moderna e os recursos e a estética Vitoriana, repleta de Bronze, Couro, Cobre, Pano, Vapor e Eletricidade.
Fonte: SteamPunk
O que é Deus Ex Machina?
Sua origem encontra-se no teatro grego e refere-se a uma
inesperada, artificial ou improvável personagem, artefato ou evento introduzido
repentinamente em um trabalho de ficção ou drama para resolver uma situação ou
desemaranhar uma trama. Este dispositivo é na verdade uma invenção grega. No teatro
grego havia muitas peças que terminavam com um deus sendo literalmente baixado
por um guindaste até o local da encenação. Esse deus então amarrava todas as
pontas soltas da história.
A expressão é usada hoje para indicar um desenvolvimento de uma história que não leva em consideração sua lógica interna e é tão inverossímil que permite ao autor terminá-la com uma situação improvável, porém mais palatável. Em termos modernos, Deus ex machina também pode descrever uma pessoa ou uma coisa que de repente aparece e resolve uma dificuldade aparentemente insolúvel. Enquanto que em uma narrativa isso pode parecer insatisfatório, na vida real este tipo de figura pode ser bem-vindo e heroico.
A noção de Deus ex machina também pode ser aplicada a uma revelação dentro de uma história vivida por um personagem, que envolva realizações pessoais complicadas, às vezes perigosas ou mundanas e, porventura, sequência de eventos aparentemente não relacionados que conduzem ao ponto da história em que tudo é conectado por algum conceito profundo. Essa intervenção inesperada e oportuna visa a dar sentido à história no lugar de um evento mais concreto na trama.
A tragédia grega de Eurípides era notória em usar este dispositivo na trama.
A expressão é usada hoje para indicar um desenvolvimento de uma história que não leva em consideração sua lógica interna e é tão inverossímil que permite ao autor terminá-la com uma situação improvável, porém mais palatável. Em termos modernos, Deus ex machina também pode descrever uma pessoa ou uma coisa que de repente aparece e resolve uma dificuldade aparentemente insolúvel. Enquanto que em uma narrativa isso pode parecer insatisfatório, na vida real este tipo de figura pode ser bem-vindo e heroico.
A noção de Deus ex machina também pode ser aplicada a uma revelação dentro de uma história vivida por um personagem, que envolva realizações pessoais complicadas, às vezes perigosas ou mundanas e, porventura, sequência de eventos aparentemente não relacionados que conduzem ao ponto da história em que tudo é conectado por algum conceito profundo. Essa intervenção inesperada e oportuna visa a dar sentido à história no lugar de um evento mais concreto na trama.
A tragédia grega de Eurípides era notória em usar este dispositivo na trama.
Fonte: Wikipédia.
Análise:
Contra-capa |
Capa e contra-capa |
O cenário escolhida não é à toa, cada elemento foi evidentemente
pensando com o objetivo de reforçar o conceito por trás dos contos. A bela
época do surgimento do vapor trouxe as maravilhosas máquinas que tanto
impulsionaram o desenvolvimento da sociedade, contudo a humanidade, como podemos
notar ao longo de sua trajetória, nunca parece satisfeita com o seu atual
estado de graça e sempre está cobiçosa de mais e mais. Isto, como é de se
esperar, traz efeitos nocivos e o mesmo vapor que traz bonança, alimenta a
tempestade. É a partir desta lente que os diversos autores presentes nesta
obra escreveram seus excelentes contos.
Ilustração interna |
Alguns
contos usam cenários estrangeiros, mas não se tornam menos merecedores de
elogios somente por este fator, enquanto outros optam por uma estética mais
brasileira e confesso que particularmente gostei mais destes. O motivo para
este pequeno detalhe em minha jornada é porque valorizo demais o esforço de
autores em produzir enredos dos mais diversos estilos sem negar as suas raízes
culturais e ainda prestando uma simbólica homenagem à mitologia e cultura
brasileira (a nossa verdadeira cultura e não aquelas canções acéfalas), mais
uma vez destaco: os demais contos são excelentes também e não merecem aplausos
menores por escolherem uma vestimenta diferente. O meu julgamento aqui é uma
preferência pessoal, provavelmente muitos dentre vocês pensam bastante
diferente de mim e terão uma leitura distinta da obra.
Ilustração interna |
Para
garantir que os leitores mergulhem de cabeça na atmosfera da antologia a
Estronho trabalhou cada detalhe neste livro, assim como costuma fazer em todas
as suas publicações, e até mesmo a forma de apresentar os autores foi diferente
da maneira como já vi em livros que li anteriormente. Os autores são
apresentados como “operários” (vocês podem observar isso na foto ao lado esquedo), pois que melhor figura há do que um operário
para nos apresentar um mundo movido à vapor?
As
artes internas do livro (desenhos e fotografias) nos conduzem através das páginas perfeitamente, como se
estivemos em um trem mesmo, inclusive um detalhe curioso é que a primeira
ilustração é justamente um trem parado e a última é a visão de um trem em
movimento (quem sabe chegando a uma estação). A perspectiva desta última foto é
aparentemente a do maquinista e as bordas escuras da fotografia me fez pensar
que ou o “maquinista” observa por uma janela ou ele está fechando os olhos. Seja
qual for a interpretação que você tenha, achei fantástico tamanho detalhismo no
livro, pois caso a escuridão nas bordas da foto seja uma janela podemos
interpretar que este livro foi o que muitos são: uma janela pela qual
vislumbramos um mundo fantástico onde o que reside em nossas mentes férteis
caminha lado a lado conosco. Caso a escuridão seja olhos que se fecham este é um símbolo que reflete o nosso derradeiro gesto de leitor e que às vezes nos traz fortes
sentimentos de saudade: fechar o livro!
Ilustração interna (primeira) |
Ilustração interna (última). Esta foto foi tirada de um celular, portanto peço desculpas pela má qualidade. |
Me aventurar pelas páginas de "Deus Ex Machina - Anjos e Demônios Na Era do Vapor" foi delicioso e me deixou com mais vontade de ainda de respirar este ar impregnado com vapor e o cheiro de óleo e tantos outros combustíveis. Recomendo este livro! Com certeza esta foi uma posta mais que acertada da Estronho. O steampunk é fascinante!
Achei melhor resenhar esta antologia assim para tentar transmitir à vocês da melhor maneira possível a atmosfera do livro como um conjunto e não como fragmentos. A experiência fragmentada prefiro deixar a cargo de vocês, pois assim vocês terão mais surpresas e quando terminarem os contos irão pensar: "Poxa vida, realmente a soma de todos contos forma um único e harmonioso quadro". Espero que apreciem e boa leitura à todos! Até outro momento.
Fonte do Book Trailer e Fotos (exceto a penúltima): Editora Estronho.
Fonte do Book Trailer e Fotos (exceto a penúltima): Editora Estronho.
Oi
ResponderExcluirNão posso negar, acho o conceito de SteamPunk bem complicado, mas acho que entendo o que é rsss
Gostei muito da sua resenha, sempre acho difícil escrever sobre livro de contos, exatamente por que posso acabar falando demais sobre um conto. Ficou muito bom assim sobre o "todo", estou curiosa para saber como desenvolveram esses elementos, tanto no estilo mais brasileiro quanto estrangeiro.
Bjus
Oi, Cláudia.
ExcluirUhum, em tempos de componente cibernéticos etc é curioso mesmo ver uma "versão vapor" da realidade. O legal é que ela se mantém tão "real" quanto o Cyberpunk.
Esse modo de resenha falando das sensações que tive ao ler a obra é uma maneria que tento aprimorar para evitar spoiler e deixar quem lê minha resenha ainda mais curioso xD
Beijos!
Olá Coração!
ResponderExcluirEstou lendo SteamPink...
É exatamente o mesmo gênero de Deus Ex Machina só que com um detalhe: Todos os contos foram escritos por mulheres!
Estou gostando bastante!
É o primeiro livro desse tipo que leio e estou gostando bastante!
É dificil mesmo resenhar um livro de contos...
Mas vc conseguiu isso perfeitamente! PARABÉNS!
Quando eu terminar SteamPink, com certeza vou querer Ex Machina!!!!
Beijokas!
Olá, Anny garota tão linda *-* kkkkkkkkkkkkkkk
ExcluirLegal, ainda não li "SteamPink".
Interessante, depois quero ler esse para ver como as garotas trabalharam esse enredo.
Depois quero ler a sua resenha, viu! :)
Obrigado pelas palavras, resenhar é algo que estou tentando sempre aprimorar.
Uhum, leia e resenhe...quero ler suas impressões.
Beijos!
Cyber, parabéns pela excelente resenha! Fantástica! Fiquei babando para ter este livro em minhas mãos! *_*
ResponderExcluirAinda mais com a proposta entra anjos e demônios no mundo steampunk!
Já entrou na minha lista de desejados!
Mega cheiros da Serena!
Olá, Serena!
ExcluirObrigado pelo elogio. Se a minha resenha lhe fez querer ler o livro posso me considerar um leitor feliz :D
Anjos e demônios mexem mesmo com a imaginação humana, não é à toa que livros com estas criaturas fazem sucesso! Depois quero ler sua resenha no Leitor Cabuloso.
Beijos de um "Policial da Biblioteca"! kkkkkkkkkk
Não sabia que isso era Steampunk! =O Então acho que A Cx de Midas, do G P Taylor é nesse estilo! Eu gostei bastante do livro.
ResponderExcluirSobre esse da Estronho, que parte editorial linda hein? Cheia de detalhes e imagens...E o ótimo é que acompanha com conteúdo a altura. :)
Adorei.
Beijooos
Eu também desconhecia como seria exatamente o Steampunk até antes de ler esta obra. Não li "A Caixa de Midas" ainda, portanto não sei dizer se esse livro é Steampunk. Esse livro é adorável!
ExcluirSim, a edição dos livros da Estronho é sempre de primeira linha! Nunca, mas nunca mesmo decepcionam! Isso mesmo, todas as ilustrações são como uma narração sem letras do livro.
Obrigado pelas palavras!
Beijos, Gleice!
Oi adorei.. muito obrigado, me fez se interessar pelo livro....mas vc já leu o livro reverso escrito pelo autor Darlei... se trata de um livro arrebatador...ele coloca em cheque os maiores dogmas religiosos de todos os tempos.....e ainda inverte de forma brutal as teorias cientificas usando dilemas fantásticos; Além de revelar verdades sobre Jesus jamais mencionados na história.....acesse o link da livraria cultura e digite reverso...a capa do livro é linda ela traz o universo de fundo..abraços. www.livrariacultura.com.br/scripts/resenha/resenha.asp?
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