quarta-feira, 9 de maio de 2012

Resenha: Um Lobisomem Americano Em Londres

Pôster
Título Original: An American Werewolf In London
Gênero:  Fantasia, Horror
Duração: 97 min
Ano de lançamento: 1981
Direção: John Landis
Roteiro: John Landis
Produção: George Folsey Jr.
Orçamento: 10 milhões de dólares
Bilheteria (somente nos Estados Unidos): 30, 565, 292 milhões de dólares
 Elenco: David Naughton (David Kessler); Jenny Agutter (Enfermeira Alex Price); Griffin Dunne (Jack Goodman); John Woodvine (Dr. J. S. Hirsch); Anne-Marie Davis (Enfermeira Susan Gallagher); Frank Oz (Mr. Collins /Miss Piggy); Don McKillop (Inspector Villiers); Paul Kember (Sargento McManus); Colin Fernandes (Benjamin); Michele Brisigotti (Rachel Kessler); Mark Fischer (Max Kessler); Gordon Sterne (Mr. Kessler); Paula Jacobs (Mrs. Kessler); Christopher Scoular (Sean); Will Leighton (Joseph)
Sinopse: Dois jovens turistas americanos, David Kessler e Jack  Goodman partem numa excursão de três meses pela Europa. Ao passearem pela solitária zona rural da Inglaterra, cruzam com alguns habitantes locais que lhes dão alguns conselhos arrepiantes: "Mantenham-se na estrada e afastem-se dos pântanos e cuidado com a lua". Os jovens embrenham-se na escuridão e ouvem um uivo aterrador proveniente do pântano, sem se darem conta de que estão sendo seguidos por uma fera mística, ávida por sangue.
IMDb: http://www.imdb.com/title/tt0082010/

Trailer:



Análise:

“Cuidado com a lua, rapazes!”

Durante a transformação.
Saudações, caríssimos leitores do Policial da Biblioteca! Hoje vou comentar com vocês acerca de um filme que, na minha infância, se tornou um clássico! Sinceramente, perdi a conta de quantas vezes o assisti no cinema em casa. Sim, lembro-me da época em que filmes mais violentos eram exibidos durante o dia. Realmente aqueles foram tempos muito diferentes, tempos melhores, quando a censura não era tão politicamente correta. Mas sem demoras, vamos a analise do filme, contudo tenho um conselho a lhes dar antes de nos aventurarmos em minhas impressões...fiquem na estrada e longe do pântano! Nunca se sabe o que pode aparecer em noites de lua cheia.
“Um Lobisomem Americano Em Londres” me conquistou desde a primeira vez que o vi devido à sua simplicidade de roteiro e atmosfera que deixa o filme rico devido ao brilhantismo das atuações que nos remetem ao estilo dos clássicos de terror da mesma época que um dos maiores filmes sobre lobisomens (The Wolfman) e a perfeição da maquiagem criada por Rick Baker. Destaco, aliás, que a maquiagem é um grande mérito para esse filme até os dias de hoje. Apesar do ano em que foi realizado, conseguiu presentear os espectadores com a melhor transformação em um lobisomem já realizada pela incrível fábrica de magia a que chamamos cinema.
Um dos pesadelos.
Valorizo demais filmes que são feitos bem artesanalmente, pois esses são os verdadeiros casos em que o amor pela arte cinematográfica fica mais evidente, considerando que hoje em dia alguém com os recursos necessários e um alto conhecimento de computação gráfica pode criar coisas com pouco esforço, isso em comparação com alguém que teve de conceber efeitos os mais reais possíveis em um tempo que a computação gráfica engatinhava e raramente era usada. Com artesanalmente quero indicar uma produção feita com os materiais menos sofisticados possíveis.
O roteiro não possui mistérios e não fica jogando o espectador por muitas trilhas tentando surpreende-lo com algum final inesperado, mas investe no lado psicológico da história.
Delírio e realidade. Onde começa
um e termina o outro?
O lobisomem que acompanhamos nessa história não é do tipo que se exibe muito durante o filme, deixando atrás de si um verdadeiro mar de sangue em cenas explícitas numa velocidade de deixar o espectador desorientado como os blockbusters fazem.
A criatura que vemos nas cenas deste filme é um ser de profundidade mental e a dor do processo do Keller em se transformar em lobisomem vai além do nível físico e se manifesta muito mais em sua mente que, desorientada pelos eventos que o levaram até sua atual e trágica situação presente, nos exibem terríveis pesadelos que tornam o lobisomem não somente uma coisa sedenta por sangue, mas a representação do caráter selvagem da vida em seu estado mais puro, sem controle, amoral. Uma cena (pesadelo) em que isso fica evidente é quando Keller se vê correndo por uma floresta (não direi mais informações para evitar spoilers).
Jack Goodman.
No filme também somos confrontados com uma dúvida que nos faz ficar ainda mais próximo de Keller em seu tormento: As suas vítimas e seu amigo (Goodman), que foi morto no ataque do lobisomem que transmitiu a licantropia para Keller, são vistos, entretanto não sabemos qual a linha que separa o delírio e a realidade, por mais surreal que possa parecer.
O filme merece aplausos por se manter tão bom, independente do tempo que já passou, e com certeza pode servir de exemplos a outros filmes com a temática lobisomens de como fazer um bom filme que sabe dosar a bestialidade do “homem-lobo” com o seu simbolismo que o torna uma das criaturas-ícones do imaginário humano quando o assunto é horror! Até outro momento e bom filme a todos!


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