Capa da edição que li. |
Editora: Record
Autor: Sidney Sheldon
Origem: Americana
Ano: 2000
Edição: 22
Número de páginas: 425
Acabamento: Brochura
Ano: 2000
Edição: 22
Número de páginas: 425
Acabamento: Brochura
Sinopse: Esta é a história de Mary Ashley, jovem e brilhante
professora de Assuntos da Europa Oriental na Universidade Estadual do Kansas,
EUA, que vê sua vida mudar completamente depois que é designada embaixadora dos
Estados Unidos num país da Cortina de Ferro, a Romênia.
Onde comprar: Submarino, Livraria Saraiva, Livraria Cultura, FNAC
Onde comprar: Submarino, Livraria Saraiva, Livraria Cultura, FNAC
Análise:
“Nunca
fracassei, pensou Angel. Sou Angel. O anjo da morte.”
—Pág. 119.
“Não
sou mais a mesma pessoa que era quando cheguei aqui [...] Eu era inocente.”
—Pág.
421 e 422.
Sidney Sheldon |
Saudações, caros
leitores do Policial da Biblioteca! O livro que resenharei hoje é obviamente um
sucesso de vendas e isso não é algo de se admirar, considerando que seu autor é
Sidney Sheldon! Autor célebre por ter conseguido escrever obras que atingiram facilmente
a marca dos milhões de exemplares vendidos.
Este foi o primeiro
livro dele que tive o prazer de ler, confesso que antes disso pensava que o seu
sucesso fosse baseado em livros completamente comerciais e sem um conteúdo que
justificasse o dinheiro que é desembolsado para adquiri-lo, mas, como vocês
provavelmente já deduziram, me enganei profundamente e agora estou aqui para
dizer os motivos que me levaram a gostar deste livro e mudar minha perspectiva
sobre o “mágico” Sheldon que a cada livro tirado de sua mente deixava o mercado
dos livros se perguntando: Quanto tempo será que o Sheldon vai demorar para
sair da lista dos mais vendidos?
Esse livro me chegou às
mãos por meio de um vizinho que é um grande fã de Sidney Sheldon e
frequentemente me empresta vários livros. Quando ele me ofereceu “Um Capricho
dos Deuses” relutei um pouco em aceitar este empréstimo, pois a minha singela
montanha de livros para ler iria ficar ainda mais tempo em seu atual tamanho,
contudo acabei acolhendo este livro em minhas mãos e concedendo aos meus olhos
e mente um banquete.
Trilhar as páginas
desse livro foi uma experiência super divertida, pois realmente conhecia
pouquíssimas coisas sobre o autor e cada característica que notei em seu estilo
de escrever para mim foi uma novidade que fez minhas mãos se moverem
freneticamente para puxar meus olhos a uma nova página.
Uma das singularidades
desse livro é que o centro do enredo é uma personagem feminina que ao longo da
história se desenvolve bastante, apesar disso não acompanhamos os
acontecimentos somente pelo seu olhar. A colaboração de outros personagens,
alguns de identidade indefinida até as últimas páginas do livro, foi
imprescindível para criar o mistério que cerca os eventos narrados e, como
seria de se esperar, a incerteza que domina os pensamentos do leitor.
A protagonista deste
livro se chama Mary Ashley, uma mulher completamente dedicada ao trabalho e
família que em um momento inesperado recebe um convite direto do presidente dos
EUA para se tornar a embaixadora do país na Romênia, mas alguns fatores, como
ter de se mudar com a família e abandonar o atual emprego, além do fato da
Romênia ser um território perigoso por estar situado (na época da história) na
cortina de ferro, a fazem relutar sobre a decisão, porém um evento a faz
embarcar nessa aventura inesperada e mesmo em meio à um turbilhão de
sentimentos confusos ela busca se focar em sua nova missão. A partir desse
ponto começamos a ver a figura da heroína sendo esboçada.
Como se não bastasse a
sua atual condição sentimental confusa, após o evento que antecedeu a nomeação
como embaixadora, Mary tem de lidar com seus dois filhos, Beth (12 anos) e Tim
(10 anos), que, como muitas crianças, possuem personalidades amiúde
complicadíssimas de lidar. Entretanto, Beth e Tim, mesmo sendo personagens
muito próximas da protagonista, não são um dos focos da trama e como tal não
são muito explorados e servem mais para complementar o tom dramático do texto e
reforçar o caráter forte de Mary.
A inicial “pequenez” de
Mary é confrontada com uma conspiração internacional da qual já tomamos
conhecimento no início do livro e que poderá decidir literalmente o futuro do
mundo! O jogo de interesses políticos é muito forte e cada movimento de
personagem, mesmo sem sabermos no instante em que acontece, é regido por
desejos alheios. Nesse tabuleiro do poder é inevitável que suspeitemos de quase
todos ao nosso redor, mas o que fazer quando somos uma das peças da partida e
não temos consciência disso? Pior...e quando temos em nosso encalço um
assassino com uma genialidade estupenda e que não mede esforços para cumprir
seus contratos? Eis a fórmula para uma história excelente sobre conspiração e
ação, mas, como todo bom autor, Sidney Sheldon não se prende ao óbvio e
consegue inserir na trama drama, romance e até mesmo um pouco de humor.
Mary até a metade do
livro é uma personagem que se sente perdida e isso deixa o leitor também um
pouco desorientado, pois constantemente vemos uma mudança em seu humor. Ela
busca uma cura para o seu sofrimento em diversos meios, todavia isso só a faz
se sentir ainda pior e gastar seu tempo até conseguir colocar a cabeça no
lugar, respirar, olhar para frente e traçar o caminho a percorrer. Aos poucos
Mary vai ganhando a nossa simpatia e a sua personalidade de guerreira fica mais
evidente e a mocinha frágil se transforma em uma leoa para proteger seus ideais
e aqueles a que ama.
Como já disse um famoso
chefão de máfia dos cinemas: "Mantenha
seus amigos perto, e seus inimigos mais perto ainda." Isso é uma realidade
em “Um Capricho dos Deuses”, pois cada passo da mais nova embaixadora americana
é monitorado, tanto por pessoas que desejam protege-la, quanto por pessoas que
querem ceifar a sua vida e de todo aquele que se colocar no caminho. Quando se
está entre lobos, parecer uma ovelha é algo perigoso e a doce Mary aprenderá
isso da forma mais direta possível.
A separação entre o que
é verídico e pura paranoia na história não é clara, pois o clima da Guerra Friapermeia o mundo e é ressaltado em alguns dos personagens. O desfecho é
totalmente inusitado e com certeza fará você, caro leitor, pensar até que ponto
a sua vida é determinada pelo governo e outras autoridades. Cuidado, vocês
também podem ser instrumentos em caprichos de pessoas que se acham deuses. Boa leitura
a todos e até outro momento! Já iria me esquecendo de avisar: este livro deu origem a um filme de 1988.
Li Sidney Sheldon pela primeira vez há muito tempo, peguei o livro em uma biblioteca meio que sem querer e li sem muitas expectativas já que nunca havia falado do autor. Me surpreendeu bastante, ele foi muito além do que eu esperava. Procurei outro livro seu, mas não tinha na biblioteca e nenhum amigo meu o possuia T.T Acabei esquecendo-o e procurei outros livros, depois de um tempo me lembrei dele e fui mais uma vez a caça de outro livro seu. Minha surpresa foi imensa ao descobrir o tão grande autor Sidney era e que sua especialidade não era livros infanto-juvenis (o q li), mas sim suspense (meu estilo favorito), e acabei comprando dois livros seus: Nada Dura para Sempre (já li) e Se Houver Amanhã (estou lendo ^^). Estão entre os melhores livros q já li e recomendo a todos. A história de Capricho dos Deuses me impressionou bastante e já está na minha lista ^^. Infelizmente Sidney faleceu hás 5 anos, porém deixou uma obra de mais de 20 livros, dos quais muitos originaram outros livros ou se tornaram séries e filmes.
ResponderExcluirInteressante como o Sidney Sheldon apareceu em sua vida de leitor. Sim, ele escreveu muitos livros e alguns, como você citou, viraram seriados e filmes.
ExcluirVocê morreu quando descobriu quem era Angel não foi? rsrsrsrs
ResponderExcluirÉ uma daquelas reviravoltas que sempre acontecem nos livros do mestre Sheldon.
Parabéns por ter deixado de lado idéias pré concebidas e lido um livro dele, muitas pessoas o julgam por críticas que surgiam sugerindo que ele era muito comercial, mas como você percebeu, não é, ele é perfeito *-*
Abraços, volto depois pra ler mais do seu blog.
Oxe, quando descobri quem era o Angel tive de fechar o livro para a ficha cair. Sério! Não acreditei! O Sidney conseguiu me surpreender demais!
ExcluirSim, resolvi ler o livro dele justamente para ver de uma vez como era o seu modo de escrever e, para minha felicidade, tive o imenso prazer de conhecer um autor genial.
Obrigado pelo comentário e volte mesmo :)
Parabéns pela resenha, está muito detalhada!!
ResponderExcluirLi a outra face , obra magnifica ,hoje sou fã do Sidney <3
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