Oi pessoal! Hoje trago pra vocês um post bem especial. É uma entrevista concedida pelo Leonardo Brum, autor de Um Mundo Perfeito, livro do qual já fizemos resenha aqui no blog.
Ele foi muito simpático nas respostas e espero que vocês gostem, assim como eu =D
1 – De onde surgiu a idéia da premissa de Um Mundo Perfeito?
Onde um diamante poderia realizar desejos.
Eu
queria vincular alguma coisa que fosse do tamanho da ambição humana.
Algo que fosse tão poderoso quanto os nossos desejos mais íntimos. O
diamante azul foi a escolha mais apropriada: ele é a joia mais dura
encontrada na natureza, e a mais rara entre os próprios diamantes. Ele é
invencível, como diz a lenda em Um Mundo Perfeito. Nada é capaz de
parti-lo. Tão forte quanto nossos desejos mais arraigados. Mas toda
ambição tem um preço, e a trama da história questiona justamente se às
vezes o que a gente deseja é realmente o melhor para nossa felicidade.
Ou se, muitas vezes, trata-se de mero capricho inventado por diversas
razões em nossa sociedade.
2 – Completando a pergunta anterior, algum autor teve
influência na escrita?
A concepção da
história resultou em algo bastante original, visto que não consigo
compará-la a outra história que eu já tenha lido. Mas algumas
influências são sempre presentes no que eu escrevo: Stephen King e
Alfred Hitchcock. Eles sempre foram parte da minha aprendizagem, da
minha quase obsessão pelo mistério e do suspense de impacto.
3 – A história se passa em 1995,
mas o livro foi publicado bem mais tarde. Você demorou muito para escrevê-lo e
enviar para publicação?
Ah, sim, eu
somente o enviei para uma Editora no momento que decidi que a história
estava suficientemente madura para chegar às mãos do público leitor.
Escrever é uma grande responsabilidade. Todo autor precisa refletir
várias vezes antes de publicar uma história. Colocar-se sempre na
posição de quem vai ler o que você pretende publicar. A mistura de
suspense com sobrenatural deu certo, visto que já estamos com a segunda
edição publicada, e tendo sido vencedor de um Prêmio Nacional de
Literatura.
4 – Qual foi a emoção de ganhar o
Codex de Ouro de 2011 como melhor livro de suspense?
Um
Mundo Perfeito foi minha primeira obra publicada, e receber um prêmio
dessa magnitude foi algo que me deu uma grande alegria pelo
reconhecimento como autor e por
saber que as pessoas têm curtido bastante a história de Um Mundo
Perfeito. Hoje em dia eu recebo mensagens do Brasil inteiro. A
popularidade é um fator muito positivo, abre portas. Espero continuar
escrevendo histórias de suspense que continuem instigando a imaginação
dos leitores. É o que gosto de escrever: Gosto do impacto de algo
misterioso e inexplicável.
5 – Você recebeu muita influência
na infância para a leitura? Gosta de ler que tipo de livros?
As
minhas influências são principalmente as que eu mencionei
anteriormente. Mas, de uma forma geral, sou adepto do tipo de narrativa
onde a história é conduzida a partir da experiência dos personagens, ou
seja, o autor não é onisciente: ele pactua com a evolução das percepções
vividas pelos seus personagens. Logo, o texto tende a ser objetivo,
mais conciso, e não há muito espaço para floreamentos ou descrições
exaustivas que possam tornar a leitura desinteressante. Ou seja, cada
cena é um fio condutor para a trama que se desenvolve. Tudo que se
relata é essencial, até o momento em que o mistério é finalmente
revelado, e as coisas são descobertas. Isso é algo que já está em meu
sangue quando escrevo, talvez como influência do próprio Hitchcock nos
vários filmes que assisti dele na minha infância e adolescência... Eu
acabei me apaixonando pelo mistério.
6 – Quando descobriu que gostaria
de ser escritor? Alguma dica para quem quer seguir o mesmo caminho?
Eu
escrevo histórias desde os dezesseis anos de idade. Ser escritor no
Brasil não é fácil, as editoras tendem a valorizar muito o que vem de
fora. Mas cada vez mais podemos ver que a Literatura nacional vem
ganhando força, e revelando novos autores de talento. O Brasil é um país
com potencial imenso para boas histórias, em decorrência da própria
diversidade geográfica, que cria uma multiplicidade cultural bastante
evidente. Trago algumas dicas para os novos autores: sejam persistentes,
e não desistam quando uma editora recusa a história que você criou. E
procurem sempre refletir sobre o que vocês pretendem publicar, ou seja,
façam a si mesmos algumas perguntas: Qual público pretendo atingir? O
texto está claro, condizente com o objetivo da história? Permita-se
ousar, ser criativo. Adote um estilo: muitos
autores ficaram conhecidos por um determinado tipo de narrativa. Ou não
adote nenhum, desde que seu objetivo esteja claro: Bom senso é sempre
fundamental quando se escreve, e é um dos fatores mais preponderantes
para a criação de uma boa história. Enfim, são coisas que as Editoras
sempre pontuam ao avaliar as histórias recebidas.
7 – Vi que você publicou um
segundo livro, o Terra Cruz. Pode nos falar um pouco sobre ele?
Trata-se
de uma história de vampiros que escrevi há três anos. A coisa que eu
mais tinha em mente era criar algo inovador para o tema, e fiquei muito
feliz com o resultado: a concepção dos vamprios, embora compactue com
autores clássicos como Anne Rice e Bram Stoker, mostra uma abordagem
nova, fundamentada nas perguntas que normalmente não são respondidas nas
histórias sobre essas criaturas da noite: Por que os vampiros precisam
de sangue pra sobreviver? Por que são imortais? Por que não podem sair à
luz do dia? E a resposta para tudo isso pode ser encontrada em Terra
Cruz. "Existem três maneiras de se acabar com um vampiro: a luz do dia, a
luz do fogo e a luz do criador". Mas, afinal, quem criou os vampiros?
Por que eles existem? O mistério se revela no final da história, e
abre-se espaço para novas divagações. Um mistério que irá revelar outro:
existe algo à espreita. Espero que vocês gostem da trama!
8 – Tem alguma recomendação para
os leitores do Policial da Biblioteca?
A
Editora está programando o lançamento do novo livro em várias capitais.
Estarei presente em pelo menos cinco cidades no primeiro momento, e
então, por gentileza, fiquem atentos às divulgações. As primeiras
sessões de autógrafos estão confirmadas para o Rio de Janeiro (10 de
maio) e Belo Horizonte (26 de maio). Estão todos convidados para um
bate-papo informal com o autor, regado a vinho tinto e Literatura. Mais
informações podem ser consultadas no site da Editora Novo Século, e
também no site www.leonardobrum.com.br, onde podem ser consultadas informações sobre os livros publicados e curiosidades sobre vampiros, diamantes e Ufologia.
Leonardo te desejo muito sucesso
e agradeço imensamente pela entrevista! Abraços!
Obrigado a todos pela oportunidade e espero vê-los em breve. Um abraço cordial do autor.
Então, pessoal, principalmente do Rio de Janeiro e Belo Horizonte, aproveitem e adquiram um livro do Leonardo autografado! Se eu ainda morasse em BH, com certeza iria!
Adorei a entrevista!
ResponderExcluirRealmente estamos diante de um jovem escritor muito talentoso e com um futuro brilhante pela frente!!! Parabéns, muitos e merecidos sucessos!
Francisco Godoy
Eu tb gostei mto Francisco, estou com vontade de ler Terra Cruz =D Abraços!
ExcluirÓtima entrevista! Parabens Leonardo! Pela qualidade do seu primeiro livro"Um Mundo Perfeito", só podemos esperar que "Terra Cruz" seja excelente. Abraços!
ResponderExcluirTb estou esperando mto de Terra Cruz! Abraços!
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