“Que importância a
literatura tem na sua vida? Ela está presente no seu dia a dia? O que significa
para você? Quanto ela moldou do seu caráter?”
O
livro começa suscitando estas indagações. O convite para entrar neste lugar tão
singular, a Livraria Limítrofe, um espaço que assume uma forma diferente para
cada visitante, nos é feito. A Livraria é um reflexo de cada visitante,
tornando-se uma experiência única e uma jornada em si mesmo. Para reforçar a
singularidade da qual pretende falar a obra começa pela sua capa ou
melhor...não-capa. O livro não tem capa! Deixando a costura exposta e vindo
acompanhado de uma cinta para protegê-lo. Isso soa como uma proposta deveras
interessante. A “voz” do livro nos sussurra: Hey, leitor, projete uma capa em mim. Teça a primeira camada de minha
pele com a sua imaginação. Essa foi uma ideia genial! Agora vamos para a
análise do texto.
O
livreiro limítrofe
Nesse
primeiro momento conhecemos o gentil livreiro limítrofe que de forma muito
atenciosa nos conduz pelas dependências da livraria, a beleza descrita pelo
autor é tão forte que deixa tudo palpável, o lugar faz os olhos brilharem de
alegria. As referências, algumas vezes evidentes e outras subentendidas, são
excepcionais, provavelmente a maioria dos leitores se sentirá extasiado e
talvez, como eu, se vejam nelas. As analogias parecem trabalhos de um hábil pintor,
conseguem captar o colossal encanto de experiências que todos aqueles que fazem
questão de se alimentar com a magia de histórias, sejam elas de qualquer
gênero, já puderam viver. Não há como resistir ao desejo de explorar a livraria
após este tour.
Dando
à luz
Aqui
somos apresentados a uma mulher de negócios que aparenta frustração com o
quadro da sua vida, casada com um homem que atua na mesma área e que descobre
estar grávida. A maternidade age como um bálsamo para seu espirito e a menina a
faz ganhar uma injeção de vontade de viver. A garotinha curiosa decide explorar
um território desconhecido e acompanhada pela mãe-coruja, que a auxilia no
contato inicial nesse terreno mágico e ao mesmo tempo se diverte, descobre uma
paisagem que a cativa. A luz no título claramente alude à dois instantes
distintos, o nascimento da menina e a iluminação em que a mãe colabora.
Fascinante. A magia transborda aqui.
Heroismo
Essa
história fala de um sonho muito comum, mas nem um pouco banal! É um sonho que
pode nos conceder altos voos. É um super sonho. Temos a oportunidade de
enxergar pelos olhos de um cadeirante que sente a cidade como um desafio a ser
vencido a cada dia e até por isso ele já assume um caráter épico. A linguagem
usada para falar dos super-heróis oscila entre vários estilos. O final desse
conto me fez pensar se todos somos também heróis enfrentando inimigos (medos em
sua maioria) e tentando salvar o mundo (conferir um sentido à vida).
Duas
perspectivas
Como
o título já declara aqui vivenciamos simultaneamente contrapontos na livraria.
Dois amigos com vidas e personalidades completamente distintas que conflitam em
inúmeros assuntos nos fazem recordar quantas pessoas que já nos foram ou ainda
são queridas, mas que devido às nossas escolhas ou caprichos do destino se
afastaram fisicamente, casos em que as ferramentas das quais dispomos
atualmente podem amenizar, ou sentimentalmente, situação em que mesmo estar ao
lado pode significar um abismo. Esse embate de perspectivas também levanta a
dúvida de quanto um hábito como a leitura pode influenciar nossa ventura.
Ajuda
O
homem moderno que anda no mesmo ritmo desenfreado dos carros que cortam os
centros urbanos, aqui podemos conhecer um exemplar desta classe. Um sujeito que
visa tanto subir na vida em alta velocidade, desprovido da capacidade de
apreciar a jornada e anestesiado para a beleza de toda amplitude da vida. Falta
de escrúpulo e uma imaginação pobre, estas poucas palavras podem definir o
indivíduo medíocre, síntese do homem-máquina. É um texto que fala sobre os
malefícios da vida na era dos avanços a passos de gigantes, passos estes que
frequentemente esmagam pessoas, e sobre como algumas escolhas podem tornar
nossas vidas áridas e estéreis.
O
ancião e a adolescente
Qual
a projeção que os adolescentes atuais fazem para o futuro? Qual o interesse
deles? O que buscam na interação com o mundo, quais seus instrumentos e o que
fazem com os dados obtidos? A relação com a literatura de uma adolescente como
vemos em grande quantidade, bastando sair de nossas casas, é o que lemos nessas
páginas. A garota é uma figura que simultaneamente fica adorando, com uma
dedicação religiosa, algumas coisas enquanto negligencia outras, mesmo após
apelos. Antes dessa parte da narração o livreiro limítrofe nos faz sentir ainda
mais próximos, como amigos de longa data, nos apresentando dessa vez os
aposentos onde ele e sua esposa residem.
Depoimento
da mulher do livreiro
Uma
marca que me chamou muita atenção nessa história foi que a visitante da
livraria recebeu um nome, apesar disso em primeiro momento parecer apenas um
detalhe fiquei intrigado. Outras duas peculiaridades são: a conjugue do
livreiro é quem nos guia e a pessoa que ganha uma porta para a livraria não
pode atravessá-la por um motivo que prefiro ocultar, não quero lhes estragar a
surpresa. A visitante e nós, ao seu lado, atravessamos o seu desenvolvimento
literário e também pessoal. A conclusão é comovente.
O
senhor da má educação
Toda
a livraria tem suas regras e obviamente um bom trato social é uma excelente
recomendação quando conversamos com o amistoso e simpático livreiro que tantas
boas coisas pode propiciar. Reconheci rapidamente a primeira cena com a qual o
visitante se defronta. Confesso que abri um sorriso de orelha a orelha. A
batalha fantástica entre o visitante e o livreiro, que usam de exércitos Orcs à
dragões, é sensacional! Essa foi uma merecida homenagem a um escritor que
tantas mentes povoa.
O
dilema do editor
Um
dilema recai sobre os ombros de um sujeito com um bom propósito, uma missão,
comparo eu, tão nobre quanto a de Frodo. Em plena era do “e-“ (e-mail, e-book,
e-reader, e-commerce) como tratar um negócio cujos alicerces estão fundamentados
em um formato muito anterior a tudo isso? Será que os novos utensílios do
conhecimento são arqui-inimigos de seus antecessores? É inegável que cada nova geração esteja ainda
mais mergulhada no mar de bits, negar isso e não tentar compreender este
fenômeno é fomentar um gigantesco vácuo entre o ontem e o amanhã, entre a base
e o cume de uma montanha.
Lapso
criativo
Para
as pessoas que são leitoras o constante trabalho imaginativo torna muito comum
o hábito de ficar elaborando histórias. Contudo, muitas histórias sequer chegam
a sentirem a luz solar, seja por desleixo, falta de incentivo ou desinteresse
de seu “pai” ou “mãe”. Admito que eu mesmo já fui demasiadamente desleixado com
histórias que se formaram em minha mente, mas não ganharam forma no papel. Todo
escritor um dia ou outro passa pelo “abominável lapso da escrita”. Esse período
de convalescença pode ser transformado em um espaço para reflexão, organização
e pesquisa, ou seja, este mal é passível de ser convertido em um fortificante.
Essas são algumas das reflexões que construímos em conjunto com uma escritora
que entra na livraria em busca de uma solução.
Visitante
inusitada
Curto
e síntese da maneira como ainda são tratadas pessoas que apreciam a leitura,
seja ela para entretenimento ou instrução técnica. Durante todo o ensino médio
fui perseguido por gostar de ler e conversar sobre livro. O modo como visitante
que se apresenta nesse trecho do livro trata a literatura é exatamente como fui
tratado por tantas pessoas. É lamentável para mim quando vejo um espirito
falido a tal ponto. Esse conto é uma denúncia de como pode ser um país em que a
leitura não receba a devida atenção.
As
mortes
A
dor advinda do luto é algo comum a muitos de nós, quem nunca enfrentou este
doloroso processo um dia ainda enfrentará, afinal ao longo da vida todos
fazemos amizades, criamos laços e vivemos momentos que gostaríamos que fossem
eternos ao lado de pessoas das quais jamais gostaríamos de nos separar. Essa é
a condição humana, o fardo dos mortais. Contudo, sendo a vida tão curta, por
que deveríamos perder grandes fatias absorvidos na morte? Não seria justamente
a morta um motivo a mais para adorar a vida? E por que encarar a morte com
tamanho medo? Obviamente não desejamos morrer neste exato momento, mas ela é
parte do ciclo e ficar chorando por causa que as cortinas um dia irão se fechar
é perder todo o espetáculo do qual ainda somos atores e autores. Tudo isso é
passado pela ótica de uma jovem mulher.
O
headbanger e o fantástico
O
nosso entrevistado do momento é, como o título anuncia, um headbanger, um
adulto próximo dos trinta anos e grande de fã de Heavy Metal (destaque para
Therion, vou pesquisar mais sobre essa banda). O Heavy Metal é uma vertente
muito transgressora da música, devido ao fato de algumas bandas falarem em suas
letras sobre religiões milenares, histórias de demônios, dragões etc (claro que
as bandas de metal não falam somente acerca disto) e também porque às vezes
polemizar um pouco pode ajudar bandas a ganharem espaço na mídia e patrocínios,
afinal manter uma banda não custa pouco, mas grande parte dessa imagem de
“bando de satanistas”, para não falar coisa muito pior, dos headbangers é
produto da propaganda de pessoas intolerantes e com interesses mascarados.
Sendo o metal tão transgressor o que seria mais justo do que aliá-lo a uma
narrativa que vai além do comum, banal, superficial? Texto muito bem regido.
Beber
e conversar
Um
visitante confabula com dois grandes mestres do horror, fascinante como mesmo
sem revelar o nome dos escritores eles são mencionados por meio de suas características
tão marcantes. A confabulação gira em torno dos dissabores amorosos, a vida
como escritor, as más venturas (as enfermidades que sofreram, afinal até mesmo
os mestres já passaram por maus bocados) e a fama, injustamente, só alcançada
após as suas mortes. Ainda bem que hoje em dia o sol pode agraciar mais àqueles
que são os conservadores da magia do mundo, mesmo com muitos pesares que ainda
persistem. A atmosfera escura e o ar impregnado por vinho e tantos outros
aromas mais singulares reflete magistralmente o estilo de vida dos autores que
se fazem presentes. Esse conto me fez querer estar no lugar do visitante. Quantas
vezes já desejamos conversar com os nossos amados escritores? Fico feliz por
essa maravilha ser possível atualmente, em nosso próprio país, são tantos
talentos para serem apreciados! Queria poder fazer uma pergunta aos escritores!
E agradece-los por apesar de tudo nunca terem desistido de criar sonhos
(pesadelos para outros).
O
adeus
A
parte fatídica chegou...precisamos dizer um adeus, mas prefiro interpretá-lo
como uma até logo (novas visitas serão feitas no futuro), deixe um lenço ao seu
alcance, nunca se sabe quando os olhos podem começar a marejar e lágrimas,
quando menos esperamos, já estão escorrendo pela nossa face. Nesses momentos
temos às vezes vontade de só dar um discreto adeus, virar as costas e ir para
outro lugar, mas isso seria completamente deselegante com anfitriões tão
cuidadosos e generosos. Esse é outro momento em que um nome é estabelecido para
alguém, não direi quem é (suspense é a alma do negócio). Confesso que foi como
dizer adeus para um amigo intimo que talvez nunca voltássemos a ver, esse é o
poder dos bons amigos e dos bons livros. Porém não somos abandonados como
qualquer coisa, antes de nos despedirmos desse amigo de algumas horas ou dias
(a velocidade de leitura é que dirá o quanto tudo irá durar) somos brindados
com um bônus, um brinde de saúde e vida longa e próspera à literatura e suas
maravilhas.
Bônus
– Vampiros me mordam!
Vocês
que é fã de zumbis, vampiros, lobisomens, fantasmas etc o que acharia de ter
uma oportunidade de viver uma aventura com essas criaturas? Os riscos
existiriam, mas a diversão compensaria isso. Correto? Essa visita extra é
também uma homenagem de Alfer Medeiros à
outro autor nacional, Adriano Siqueira, (preciso ler este também!) e a sua
paixão pelas criaturas da noite. O humor ácido contra a idolatria “teen” não é
economizado e risadas são inevitáveis. Uma chave de ouro!
Este
livro é maravilhoso! Uma experiência espiritual para àqueles que fazem questão
de passarem horas devorando livros dos mais diversos estilos e gêneros! Pelo
jeito de escrever do Alfer Medeiros nesse livro podemos concluir que ele é sem
dúvida alguma um dos autores brasileiros que ainda vão nos presentear com
muitas letras encantadoras! Recomendo!
Ilustrações
referentes aos contos feitas por Carolina Mancini.
Entrevista
com o autor
Eu: Primeiramente
gostaria de agradecer essa oportunidade que me concedeu e dizer que me sinto
muito feliz em poder dialogar com um autor que conheci recentemente e que já
passei a adorar! Bem, sem mais rodeios aqui vão as perguntas (espero estar à
altura de sua obra "Livraria Limítrofe" no nível das perguntas)...
Alfer Medeiros: Eu agradeço o interesse e esforço em conhecer mais sobre os
meus projetos! Vamos às respostas.
1 - Lembra-se qual foi a sua primeira visita à Livraria Limítrofe (seu
primeiro livro)? Quais impressões isso deixou em você?
Alfer Medeiros: Eu comecei a apreciar a literatura na infância, porém com
livros juvenis e adultos. Dessa fase inicial de leituras, os autores mais
marcantes são Julio Verne e Agatha Christie - que inclusive são homenageados no
primeiro volume de Livraria Limítrofe (O Adeus).
2 - Como o conceito da Livraria Limítrofe chegou à sua mente? Como foi o
processo de criação?
Alfer Medeiros: Foi uma ideia repentina, inesperada e descontrolada, explicada com mais detalhes neste link: http://livrarialimitrofe.blogspot.com/2011/03/de-onde-surgiu-ideia.html. Durante o processo de criação, eu imaginava que tipo de referências literárias poderiam ser agrupadas em uma trama em comum, depois definia qual perfil de pessoa poderia conceber essa situação e, por fim, encaixava tudo isso dentro do cenário da Livraria. Foi um processo muito divertido!
3 - Pelo que notei você nutre uma grande preocupação com o incentivo à
leitura desde o berço, tornar para a criança a leitura um hábito tão comum
quanto beber água, isso se evidencia em "Dando à luz", você tem
filhos correto? O que eles acham de ter um pai escritor? Como você mostra a
leitura para eles e como reagem?
Alfer Medeiros: Tenho uma filha que está para completar três anos de idade.
Ela convive com os livros desde sempre, pois eu fiz questão de mantê-la na
convivência com os volumes impressos, desde aqueles de borracha para usar no
banho do bebê até os livros da minha própria coleção. Acredito que ela será uma
boa leitora no futuro!
4 - Ao longo do livro você não dialoga somente com as plataformas mais
tradicionais de leitura (livros), mas assume também proximidade e confabulações
com as HQs, o cinema e a música. Quais são seus grandes ídolos nessas outras
plataformas e como eles influenciaram a sua escrita?
Alfer Medeiros: Sou um grande apreciador de música, literatura, cinema e
diversas outras expressões artísticas. Não poderia deixar de usar todas essas
referências nos meus trabalhos escritos, e lanço mão desse recurso sempre que
surge naturalmente. Listar todos os meus "mestres" é difícil, posso
apenas dizer que minhas fontes de inspiração vão de Julio Verne a Neil Gaiman;
de Muddy Waters a Cannibal Corpse; de Hitchcock a Tarantino. Tem muita coisa
boa nesse caldeirão! rs
5 - Em "Duas perspectivas" você fala sobre o conflito entre a
visão de um mundo sem leitura como hábito e outro que completamente ao
contrário a adora. O quanto você acha que a leitura pode transformar o mundo? E
como você percebe a realidade de nosso país onde o analfabetismo é tão alto?
Alfer Medeiros: Ler não é simplesmente assimilar informação, é também
desenvolver estruturas cerebrais específicas, ligadas a linguagem, emoções e
aprendizado. A mente deve ser exercitada, até mais que o corpo. Eu acho que o
hábito da leitura é essencial, porque em algum momento da sua vida você
precisará ter acesso a um texto, seja por diversão ou necessidade. O problema
de analfabetismo no Brasil é preocupante, além de outra parcela da população,
composta por analfabetos funcionais, que não entra nas estatísticas mas que
também é um problema sério.
6 - Na atualidade as grandes cidades parecem cada vez mais prestes a
entrar na velocidade da luz, as metrópoles querem correr cada vez mais rápido,
mas acabam ficando em engarrafamentos, considerando esse cenário como acha que
a literatura ainda pode ter seu espaço garantido para as futuras gerações?
Alfer Medeiros: O livro é um universo cuidadosamente aprisionado, aguardando
a mente do leitor para criar vida, se expandir. Sempre que houver uma pessoa
ávida por aventuras (dentro e fora da sua realidade) a literatura estará
presente. Isso independe do formato ou tecnologia de disponibilização de
conteúdo.
7 - Os adolescentes de hoje possuem parâmetros, em sua grande
porcentagem, completamente distintos de seus e isso se reflete na literatura
também. A atenção dos jovens à algo parece cada vez mais passageira. Os
fenômenos "teen" estão bombando. A empatia com o mundo em que vivem
parece estar em uma medida minima, não vemos muitas manifestações movidas por
jovens que querem expressar sua opinião acerca do país ou comunidade em que
vivem. O cenário musical brasileiro está dominado por coisas de imaginação
pobre. Somando isto tudo, como você explicaria esse fenômeno?
Alfer Medeiros: As novas gerações estão acostumadas a fazer muitas coisas ao
mesmo tempo, sendo assim deficientes em habilidades como foco, concentração e
persistência. A consequência disso é a falta de dedicação em atividades únicas,
e tudo passa a ser descartável, efêmero. É temeroso pensar no que isso pode
trazer no futuro.
8 - Um detalhe que me chamou a atenção em "Livraria Limítrofe"
foi o fato de na maioria dos contos os personagens não serem dotados de nomes.
Qual o motivo de você ter feito isso? Foi com o objetivo de tornar a imersão da
experiência maior? Somente nos contos "Depoimento da mulher do
livreiro" e "O adeus" dois personagens ganham nome e ambos estão
em situações de fronteira (ambas são "despedidas"), prestes a
passaram para um outro passo em seus caminhos, isso tem ligação com essas
personagens ganharem um nome?
Alfer Medeiros: O conteúdo de Livraria Limítrofe tem muito de "conheço
alguém assim" e "já vivenciei algo parecido". O
"anonimato" dos personagens ajuda a intensificar essa sensação. As
raras citações de nomes são pontos marcantes na trama, uma chegada e uma saída.
Eu quis diferenciá-las por conta disso
9 - Por último gostaria de perguntar qual as suas projeções para o
futuro, se possui planos para elaborar experiências multi-plataformas com seus
livros (sites com ARGs por exemplo) e qual sua perspectiva com toda essa
movimentação do mercado editorial brasileiro revelando grandes talentos e a
interação entre fãs e autores nas redes sociais?
Alfer Medeiros: Tudo o que produzo é muito espontâneo, e o Livraria Limítrofe
é um bom exemplo disso. Não tenho planos de muito longo prazo, preocupo-me
apenas em manter a mente madura para conceber novas histórias. Não ambiciono
muita coisa com a escrita, encaro-a basicamente como uma grande diversão. A
única certeza que tenho é o desejo de continuar escrevendo, e os projetos Fúria
Lupina e Livraria Limítrofe me ajudarão bastante a permanecer produzindo
continuamente.
Li a entrevista e só me resta algo a comentar: quero comprar o livro. Parabéns, Ed...
ResponderExcluirCompre mesmo que esse é um livro que merece um lugar privilegiado em uma estante. :)
ExcluirLi o livro em dois dias e é maravilhoso! A forma como o Alfer moldou a Livraria para cada leitor, cada pessoa com uma personalidade é incrível! Fora as referências que não precisam de nomes de obras ou autores, se você leu reconhece instantaneamente. Uma obra fantástica! Espero um dia ter a oortunidade de visitar a Livraria Limítrofe :3
ResponderExcluirParabéns ao Alfer pela criação e a Estronho pela forma do livro que denota uma curiosidade tremenda.
A resenha e a entrevista desperta a vontade da leitura do livro. A resenha informa que o autor faz referência a vários outros livros o que aumenta a vontade da leitura. Parabéns pela resenha e pela entrevista.
ResponderExcluirSim. A minha ideia com a entrevista foi justamente reforçar a beleza do livro e ainda possibilitar aos leitores conhecer mais o autor. As referências são inúmeras na obra. Obrigado pelas palavras.
ExcluirEsse livro é sem dúvida algum super original e criativo... dá uma curiosidade em lê-lo! Comigo minha versão de livraria seria tudo muito organizado, e cheio de enfeitezinhos nas prateleiras ahahaha beijos
ResponderExcluirCriatividade e originalidade são boas palavras para definir essa obra do Alfer! O cara escreve demais! E conseguiu descrever extremamente bem como é a experiência de ler para quem é viciado nisso. A minha versão da livraria seria bem louca. Algo como: Vampiros, Robôs, Detetives, Animais falantes etc kkkkkkkkkkkkkkk Imagina isso!
ExcluirBeijos!
Sim, a ideia do Alfer foi genial! É o sonho de todo leitor poder viver uma aventura em um espaço que fosse justamente aquilo que ele tanto ama! Mey, garanto que você também vai querer viver na Livraria depois que se aventurar por esse livro.
ResponderExcluirBeijos!
Olá, Ed! É muito bem poder voltar a falar sobre a Livraria Limítrofe e o Alfer. Tive o imenso prazer em conhecer o autor e o livro por intermédio do Ed, na época através do meu blog. A curiosidade sobre a obra só aumentou por conta da resenha interessante e desprovida de qualquer spoiler, mas rica em detalhes sutis e provocativos. Cada conto aparenta ter uma singularidade, algo único, porém estão intimamente ligados entre si, dando forma ao livro resenhado.
ResponderExcluirA pluralidade de sentimentos e sensações que o livro aborda me surpreendeu de forma positiva, além da livraria ser um condutor entre cada conto, um canal por onde transitam as histórias.a5
Como disse na época, e volto a repetir, o livro ganhou especial atenção após a resenha Ozbrilhante do Ed.
Ganhando-o ou não, sei que haverá mais te feliz leitor desta obra que merece um maior destaque no cenário literário nacional. Parabéns à equipe do Policial da Biblioteca pela iniciativa e apoio aos escritores brazucas.
Ps: antes tarde do que nunca, já que finalmente esta resenha está recebendo a atenção devida.
Olá, Franz! Sim, coisas boas sempre nos dão prazer em comentar. Os contos conseguem mesmo desenhar diversos tipos de leitores, mas não foge do centro do enredo que é justamente a Livraria que se molda de acordo com a mente de quem a visita.
ExcluirA Livraria Limitrofe é um lugar em que todos que amam profundamente os livros gostariam de ir e por isso mesmo é impossível não se identificar com as histórias e se ver nos personagens. Sim, a Priscilla e eu buscamos sempre que possível mostrar como o Brasil possui talentos impressionantes e fico feliz ao ver que estamos conseguindo mover algumas pequenas montanhas. Obrigado pelo comentário, Franz.
Abraços!
Olá, a todos!
ResponderExcluirGostaria de dizer que ao ler essa resenha, me identifiquei em vários pontos, e me interessei muito em adquirir esse livro, que com certeza ja tem um lugar especial na minha estante ^_^
Sem contar que a entrevista ficou muito boa também, me fez interessar em conhecer outras obras dessa autor.
Ganhando ou não esse Kit, irei adquirir este livro assim que eu fizer as próximas comprar.
Boa Leitura a todos...
Olá, Locke!
ExcluirSim, como somos leitores viciados é certeza de amar esse livro \o/ O Alfer é um cara muito legal e dialogar com ele só me fez valorizar ainda mais o seu trabalho! Sim, compre o livro mesmo se não ganhar xD
Abraços!
Que livro perfeito cara! Parabéns pela resenha e pela entrevista...a muito tempo não vejo algo assim de um autor brasileiro.
ResponderExcluirVou procurar adquirir este livro assim que tiver tempo para eu ler.
Sim, o livro é perfeito! Obrigado pelo comentário. Rapaz, o cenário brasileiro está cheio de pérolas, mas como elas às vezes estão ainda nas conchas o grande público não chega a visualizá-las. Sim, mesmo que não ganhe, compre-o :)
ExcluirUau! Eu quero conhecer a Livraria Limítrofe! \o/ HAHAHA O Alfer fez um grande trabalho neste livro! E tive que entrar no site da editora pra ver isso, como assim o livro não tem capa? HAHAHA Mas enfim, literatura fantástica é que há! Parabens pela resenha/entrevista!
ResponderExcluirBoa sorte no sorteio! Quem sabe você ganha...já pensou? Sim, o Alfer escreveu esse livro muito bem! Sim, o livro não tem capa! xD Essa é uma peculiaridade que tem tudo a ver com a história. Obrigado pelo comentário.
ExcluirAinda não conhecia o livro, mas fiquei bastante interessada, me parece ótimo!
ResponderExcluirQuanta originalidade!
ResponderExcluirA capa não poderia ser melhor. Nos faz pensar que falta cores, mas quem dará essas cores somos nós!! *_*
Original mesmo! :D
ExcluirIsso mesmo! Laryssa, você teve a mesma conclusão que eu ao ter este livro em mãos! Essa foi a ideia que me carregou pelo livro inteiro. :)
meu amigo leu esse livro e adorou,fiquei super ancioso pra ler mas to sem tempo ($$$),rsrsrs.
ResponderExcluirLi uma resenha do livro o ano passado, e fiquei super encantada com a resenha, precisava ter a oportunidade de ler o livro, o tempo passou, dinheiro eu não tinha e acabei esquecendo do livro, mas agora vou marca-lo na minha wishlist assim que puder eu adquiro o meu exemplar. Adorei a entrevista, adorei conhcer mais sobre o autor e a obra dele.
ResponderExcluirSei bem como é, Talita. Ter vários livros desejados e uma grana que nunca será o suficiente kkkkkkkkkkkk Mas vida de leitor é assim, temos de ir fazendo as nossas escolhas. Bem, boa sorte na promoção e caso não ganhe adquira o seu exemplar :)
ExcluirA falta de tempo e de dinheiro até então me impediu de ler esse livro que já está desde o lançamento na minha lista de desejos, a ideia de um livro de contos em ficção/fantasia nacional e sem capa é, além de surpreendente, interessante e chamativa. Parabéns Alfer Medeiros pelo livro e ao Policial da Biblioteca pela promoção ;D
ResponderExcluirSim, a ideia do Alfer com esse livro foi sensacional. O leitor já fica empolgado antes mesmo de abrir o livro!
ExcluirParece ser um livro original e totalmente fascinante. Adoro livros ou filmes que façam referência a outras obras é sempre interessante, especialmente quando consigo identificar essas referências. Acabei de colocar o livro na minha lista de desejados.
ResponderExcluirGosto muito de histórias fantásticas e é ótimo ver que a literatura nacional está cada vez melhor. Parece bom! =)
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